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Rubens Borba de Moraes - Um protagonista invisível

Sobre 

Em parceria com instituições que preservam documentos relacionados à atuação profissional e à vida do Rubens Borba de Moraes e seus interlocutores, conseguimos reunir documentos que nos permitem percorrer a trajetória dessa figura emblemática no universo dos livros e das bibliotecas. Sob o subtítulo “Um protagonista invisível”, a exposição busca apresentar as suas várias facetas: modernista, bibliotecário, bibliófilo e bibliógrafo. Visa descortinar o protagonismo de Rubens, até então desvelado pela literatura relacionada à história das bibliotecas e da Biblioteconomia. As sete seções permitirão percorrer diferentes momentos de sua vida e observar os entrecruzamentos de sua trajetória com momentos cruciais para o desenvolvimento cultural no Brasil, a partir da década de 1920, cujo um dos marcos é a Semana de Arte de 22. Os desdobramentos do movimento modernista possibilitaram não só a quebra de paradigmas literários e artísticos, com a publicação de revistas e livros, mas também a implantação de políticas públicas culturais, como a criação da Divisão de Bibliotecas do Departamento de Cultura na cidade de São Paulo. Rubens foi um dos precursores a pensar a biblioteca como instituição cultural a serviço da formação de uma nação brasileira. Os projetos elaborados em parceria com os modernistas e compartilhados com bibliotecárias e bibliotecários interessados em alterar o paradigma até então vigente da sacralização das bibliotecas, , mudaram significativamente o nível de cooperação entre bibliotecas e profissionais espalhados pelo Brasil, colaborando assim, para a institucionalização da Biblioteconomia no país. Dentre as bandeiras levantadas por Rubens Borba de Moraes a partir da década de 1930 estão: a profissionalização do bibliotecário, a criação de um sistema de bibliotecas, a promoção de catálogos de bibliotecas cooperativos, a criação da primeira Associação de Bibliotecários (APB), a criação de um Conselho Bibliotecário que agregava bibliotecários e profissionais da educação, a elaboração de projetos de biblioteca específicos para bairros operários, a concepção de biblioteca infantil na qual o protagonismo da criança deveria ordenar as ações da biblioteca, a criação de bibliotecas ambulantes em praças públicas, a colocação da memória cultural nacional no centro do projeto de desenvolvimento do país. Além disso, ele levou as ideias modernistas de biblioteca para onde atuou como bibliotecário e professor como, por exemplo, a Biblioteca Nacional (1943-1948), a Organização das Nações Unidas (1948-1958) e a Universidade de Brasília (1964). Na década de 1920, Rubens já se identificava como bibliófilo, e sua atuação nesse campo ganhou força quando percebeu a necessidade de estudar a História do Brasil, e que a aquisição de obras antigas serviriam de fontes de informação para tal.  Os livros comprados foram a base para sua atuação como bibliógrafo nos estudos e publicações que faria nos anos seguintes. Dentre suas obras, ele participa da organização do Manual de Estudos brasileiros, bibliografia que inaugura as publicações para público universitário e mune estudiosos ligados à criação do Instituto de Estudos Brasileiros na Universidade de São Paulo. Outro legado de Rubens é a coleção Brasiliana, uma das principais já reunida no país, que hoje está sob guarda da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin.

Por onde andou
Rubens Borba de Moraes?

Destaques da Exposição

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